Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"
Porque com certeza ouviste falar da morte do poeta Ramos Rosa, ontem, 23 de setembro de 2014, deixo-te aqui um poema dele.
Quando o leres, descobre a ternura, a convivência, as recordações de encontros... Descobre também que, para o poeta os momentos passados com um amigo nunca são cronometrados.
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